EXPOSIÇÃO "ÁFRICA: OLHARES CURIOSOS", Hilton Silva

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

A cultura afro-brasileira na escola


A Escola Estadual Dr. Pádua Costa, em Santa Bárbara do Pará, desponta no cenário educacional paraense com uma grande iniciativa de implementação da Lei 10.639, que institui o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana na Educação Básica brasileira. Por iniciativa da equipe de professores composta por Catarina Moreira (história), Marcus Vinícius Araújo (química e biologia), Miguel Fonseca (geografia) e Ana Cleide Gonçalves (L. Portuguesa), a escola promoveu no dia 20 de janeiro a sua I Conferência Escolar de Cultura Afro-brasileira com o tema "As faces do racismo: conflitos e propostas para a erradicação do racismo nas escolas".

Para a professora Catarina Moreira, na escola Pádua Costa nota-se um racismo “mascarado”, isto é, não evidenciado abertamente. Por meio de apelidos, atitudes e brincadeiras de mau gosto, nota-se que alguns estudantes revelam seus preconceitos em relação ao colega de classe, que a seu ver, é “diferente”. Essas atitudes provocam impacto negativo na vida escolar desses estudantes (tanto do 'agressor' como da 'vítima'), como exemplo, o constrangimento e a timidez para manifestar opiniões e, até mesmo, nas apresentações de trabalhos escolares, esses estudantes passam a enfrentar dificuldade de comunicação e de expressão de suas opiniões e seus conhecimentos, prejudicando assim, o rendimento.

Diante da realidade escolar e da proposta da Lei 10639/2003, que estabelece a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana em escolas regulares de Ensino Fundamental, e das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana, a escola Pádua Costa está desenvolvendo um projeto interdisciplinar de valorização da cultura afro-brasileira. O objetivo é desenvolver práticas pedagógicas de combate ao racismo e preconceito racial no ambiente escolar, promovendo eventos culturais, oficinas, conferências, palestras voltada para a temática. A ideia é revelar a formação miscigenada dos sujeitos que formam a população brasileira, nas suas práticas culturais, religiosas e valores civilizatórios. A escola também está envolvida no Projeto A Cor da Cultura, recebeu material de trabalho e apoio para aplicação das atividades de combate ao racismo e preconceito racial.

O trabalho é realizado com estudantes de classe média e baixa; como profissionais da educação, buscamos conscientizar nossos estudantes a respeito de nossas origens étnico-raciais. Nesse sentido, julgamos incorreta a afirmação de que “A diversidade étnico-racial está mais presente nas escolas públicas porque são elas que, em geral, recebem estudantes de diversas classes sociais, ainda que, em geral, haja uma maior participação de estudantes de camadas populares que, no Brasil, são majoritariamente negros”1, "acreditamos que a miscigenação é característica predominante em todo o território nacional, pois somos produtos de um mesmo processo histórico de miscigenação, nesse sentido, o estudante brasileiro, seja de escola pública ou privada, precisa reconhecer-se como oriundo desse processo, assim pretendemos contribuir com a erradicação do racismo, repensando os conceitos", diz a professora Catarina Morfeira. Segundo Rafael Gregorio2 “para historiador, escola ensina visão branca e deve resgatar papel de negros e índios na criação do País”2.

Ainda há muito a ser feito! Os principais desafios são carência de material didático que trabalhem as temáticas; necessidade de cursos de formação para o desenvolvimento das práticas interdisciplinares no âmbito do projeto.

ATIVIDADES REALIZADAS:

13 DE MAIO DE 2013

- I ENCONTRO ESCOLAR DE CULTURA AFRO-BRASILEIRA. ocorreu em 13 de maio de 2013. A proposta foi discutir abolicionismo no sentido de erradicação do racismo.

- I CONFERÊNCIA ESCOLAR DE CULTURA AFRO-BRASILEIRA. Aconteceu em 20 de janeiro de 2014, a proposta é estabelecer diálogo com grupos de cultura afro-brasileira e os estudantes da escola. Apresentações de trabalhos específicos e mostra da cultura afro-brasileira.
TEMA: “As faces do racismo: conflitos e propostas para a erradicação do racismo nas escolas”


1 1 Rodrigo Ednilson de Jesus e Juliana Batista dos Reis, disponível em: https://ufmgextensao.grude.ufmg.br/pluginfile.php/17321/mod_resource/content/6/05-02.html

2 2 http://www.acordacultura.org.br/artigos/11112013/hist%C3%B3ria-negra-escola-branca
Texto Com informações de Catarina Moreira
Fotos: Divulgação/Escola

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Como podemos classificar a violência escolar?


Uma delas e talvez a principal é a não inclusão e a dificuldade de tratar a diversidade como tema cotidiano.
Aplicar a Lei 10.630/03 é formalizar a  inclusão e diversidade e talvez este seja o caminho mais seguro para a participação de alunos que se sintam excluídos.
Um texto interessante que pode despertar um bom debate.

EDUCADORES TÊM CONHECIMENTO LIMITADO DO ECA, DIZ PESQUISADOR

Os primeiros resultados indicam que parte dos professores compreende o estatuto como “excessivamente liberal”, “facilitador da conduta desregrada e indisciplinada” do aluno em sala de aula, “impedindo a tomada de medidas punitivas e disciplinares”. Outros acreditam que o estatuto é “adequado e até avançado em relação à prevenção da violência contra crianças e adolescentes, o problema seria ele ser posto em prática”.
Visitar A Cor da Cultura em: http://acordacultura.ning.com/?xg_source=msg_mes_network

Participem!

5º Ato de Combate à Intolerância Religiosa em Belém do Pará

5º Ato de Combate à Intolerância Religiosa