EXPOSIÇÃO "ÁFRICA: OLHARES CURIOSOS", Hilton Silva

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Projeto Afro-Pará 2016 atenderá seis municípios

A Coordenadoria de Educação para Promoção da Igualdade Racial - COPIR, da Secretaria Adjunta de Ensino - SAEN, iniciará em setembro o Projeto Afro-Pará, que objetiva desencadear reflexões e discussões acerca das diferentes práticas pedagógicas, por meio de diálogo entre os(as) profissionais da educação no que tange às relações étnico-raciais e a implementação da Lei Nº 10.639/2003, que trata da obrigatoriedade do ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Africana na Educação Básica.

O resultado dessas reflexões e discussões por áreas de conhecimento subsidiarão metodologias que absorvam boas e novas práticas para fundamentar ações pedagógicas relacionadas aos temas em foco, frente à realidade amazônica paraense, com respeito e valorização da diversidade cultural e regional.

A referida formação terá 120 horas certificadas e será desenvolvida em três módulos, sendo 50 horas presenciais, 30 horas presenciais em 2017 e 40 a distância através da plataforma Moodle via Centro de Formação de Profissionais de Educação Básica do Estado do Pará - CEFOR/SEDUC. Veja abaixo a lista dos municípios atendidos e o período do primeiro módulo.

REGIÃO DE INTEGRAÇÃO / MUNICÍPIOS (URE's) / PERÍODO DO 1º MÓDULO

Região do Marajó: Chaves (13ª URE) - 07 a 11 de novembro de 2016

Região do Xingu: Vitória do Xingu (10ª URE) - 17 a 21 de outubro de 2016 / Senador José Porfírio (10ª URE) 07 a 11 de novembro de 2016

Região Carajás: Eldorado dos Carajás (4ª URE) - 07 a 11 de novembro de 2016

Região do Capim: Aurora do Pará (18ª URE) - 12 a 16 de setembro de 2016

Região do Lago do Tucuruí: Novo Repartimento (16ª URE) - 07 a 11 de novembro de 2016

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Campanha "Mês da Consciência Negra 2016"



A Secretaria de Estado de Educação - SEDUC, por meio da Coordenadoria de Educação para a Promoção da Igualdade Racial, lança a Campanha do Mês da Consciência Negra 2016, com o tema: Consciência Negra: Uma Atitude Diária”, no sentido, de viabilizar ações/projetos e atividades que as Escolas Estaduais da Rede Pública de Educação veem programando para as comemorações do Dia 20 de Novembro - Dia Nacional da Consciência Negra. 
Assim, solicitamos aos Senhores/as Gestores/as, Diretores/as, Técnicos/as e Professores/as que seja enviada para esta Coordenadoria, a programação que será desenvolvida nas escolas neste período através do e-mail: copirseduc@gmail.com, para que possamos elaborar um calendário estadual das atividades, no intuito de que haja a publicização desse momento e valorização das ações que serão desenvolvidas.

Vem aí o Mês da Consciência Negra
Diga o que sua escola vai fazer

A fim de ampliar a visibilidade e repercussão das ações relacionadas ao tema da Consciência Negra promovidas pelas escolas do Pará, a Coordenadoria de Educação para a Promoção da Igualdade Racial - Copir - solicita que as Unidades Regionais de Educação (URE's), Unidades Seduc na Escola (USE's) e Escolas encaminhem as suas atividades agendadas do Mês da Consciência Negra para o e-mail copirseduc@gmail.com.  
Propomos que respondam os seguintes itens: local (cidade e nome da escola), data do evento, nome do projeto/atividade, o que é a ação, responsáveis e contatos (telefone e e-mail).

Local (Cidade / Nome da escola)
Data / Período
Nome do Projeto / Atividade
O que é a ação
Responsáveis
Contatos







Informamos que as escolas terão até o dia 14 de outubro de 2016 para enviarem o calendário estadual.
20 de Novembro – DIA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA, data de morte de Zumbi dos Palmares (1695) - é referência histórica de auto-organização e resistência à escravidão no Brasil, fazendo parte do calendário escolar (conforme LDB e Resolução 01/2010 do Conselho Estadual de Educação do Pará).
O objetivo da ação é fomentar a discussão das questões relacionadas à valorização da população negra, possibilitando uma reflexão da prática pedagógica frente à diversidade étnico-racial e superação das desigualdades sócio-raciais no ambiente escolar.
Aguardamos a sua colaboração!!!

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Ensaio Fotográfico da Comunidade de ancestralidade negra - Cachoeira Porteira

 Por Kátia Simone Alves de Araújo
Especialista em Educação COPIR/SEDUC
Mestranda em Antropologia UFPA 

Este registro fotográfico procura retratar o espaço comunitário de Cachoeira Porteira. É decorrente de um período de trabalho voltado a formação continuada para professores atuantes em escolas quilombolas, em janeiro do corrente ano, sob a coordenação da Coordenadoria para Educação da Promoção da Igualdade Racial - COPIR/SEDUC, no município de Oriximiná, no Estado do Pará.
É possível registrar diferentes expressões de ancestralidade negra ao longo das margens do rio Trombetas, embora estas pareçam não compor a diversidade étnica, racial e cultural da região amazônica. Há certa invisibilidade em torno dessas comunidades, por serem ofuscadas e silenciadas por pressões econômicas, fundiárias, processos de discriminação e exclusão social.
Entretanto, a presença negra ao longo da calha do Rio Trombetas é documentada desde o começo do século XIX. A existência de “mocambos” as margens do rio se constituiu em decorrência de estratégias de resistência por homens e mulheres que viviam na condição de escravizados no período da economia colonial na região, fugitivos das fazendas de Santarém e Óbidos.
O território remanescente de quilombo de Cachoeira Porteira, está situado no alto curso do Trombetas, é composto por uma rede de parentesco e amizade com cerca de 85 famílias, que vivem da pesca, da caça, das roças, da produção de farinha de subsistência, e da extração comercial da castanha . Durante o período das águas baixas é possível visualizar as rochas dispersas em alguns trechos do rio.   
            A área é tradicionalmente ocupada e organizada ao longo de ambos os lados de uma estrada de terra batida empoeirada, com singelas edificações como: as casas de moradia, a igreja, a escola de ensino fundamental, um alojamento para os professores que não residem na comunidade e provavelmente, também, aos povos indígenas da região. 
A Cachoeira chamada Porteira aparece nos meses do verão na confluência dos rios Trombetas e Mapuera. A Porteira era um lugar estratégico para os quilombolas, e significou o primeiro “obstáculo para as expedições de captura e punição”. Assim, para romperam com sua condição social procuravam refugio nas florestas, fugiam dos cacoais, das fazendas de criar, das propriedades dos senhores estabelecidos nesta área em busca da liberdade negada pelo sistema escravista.
O futuro das populações tradicionais que vivem nessa região está atualmente ameaçado pelos projetos de construções de hidrelétricas na área da bacia do rio Trombetas. Temerosos em perderem suas terras para as barragens, lideranças de 35 comunidades quilombolas vem promovendo encontros no sentido de fortalecer e garantir seus direitos territoriais, sociais, ambientais, econômicos e culturais. Se insere nessa pauta o respeito e valorização de suas identidades, suas formas de organização e de suas diferentes instituições como a Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Município de Oriximiná (ARQMO).