EXPOSIÇÃO "ÁFRICA: OLHARES CURIOSOS", Hilton Silva

sábado, 5 de maio de 2018

13 de Maio é Dia Nacional de Denúncia contra o Racismo

Prof. Vinícius Darlan e estudantes preparam a Semana de Combate ao Racismo

É difícil desconstruir no imaginário e nas práticas da sociedade as distorções e desigualdades de raça e etnia reproduzidos secularmente. O calendário brasileiro celebra nesse 13 de maio 130 anos de "abolição da escravatura" (1888). Contudo, essas celebrações estabeleceram uma perspectiva distorcida que dá protagonismo à Regente do Brasil, branca e elitista, e não debate as consequências de tal ato, nem reflete sobre o que se sucedeu a partir do dia 14 de maio de 1888 para as populações negras do país. Pois a Lei Áurea não se preocupou em reparar os anos de escravização, muito menos contribuiu para a inserção igualitária dos "ex-escravizados".
Estudantes da Escola Estadual "Gasparino", de Soure
Buscando refletir sobre estas questões que historicamente invisibilizaram e marginalizaram a negritude, a Coordenadoria de Educação para a Promoção da Igualdade Racial da Secretaria de Estado de Educação do Pará (COPIR/SEDUC) propõe às escolas da Rede Estadual que abordem 0 13 de maio de modo transdisciplinar como Dia Nacional de Denúncia contra o Racismo. Denúncia, sim! Pois, como citam as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, “o 13 de maio, Dia Nacional de Denúncia contra o Racismo, será tratado como o dia de denúncia das repercussões das políticas de eliminação física e simbólica da população afro-brasileira no pós-abolição, e de divulgação dos significados da Lei Áurea para os negros”.

Programação de 2018
Estudantes da Escola Estadual "Vasconcelos", de Salvaterra
O Projeto Semana Integrada de Combate ao Racismo é um projeto exitoso, coordenador pelo professor de história  Vinícius Darlan, vencedor de prêmio nacional de política de combate ao racismo, realizado simultaneamente em Soure e Salvaterra, respectivamente, nas escolas estaduais Prof. Gasparino Batista e Prof. Ademar Nunes de Vasconcelos,  e que caminha para sua oitava edição neste ano, sempre trabalhando nas vésperas do 13 de maio com temáticas que tratam de propostas de superação do racismo e enfrentamento de outros modos de preconceitos e discriminações. 
A COPIR apoia este projeto e o ampliou para os municípios de Acará e Abaetetuba, além de Saoure e Salvaterra no Marajó. Logo, nesta semana de 07 a 11 de maio, haverá grande mobilização nas escolas, trazendo esse olhar crítico ao 13 de maio.

Soure e Salvaterrra
Tema: Territorialidade e empoderamento quilombola.
Local:  Escolas Estaduais Prof. Gasparino Batista e Prof. Ademar Nunes de Vasconcelos.
10 de maio: Palestras diversas.
11 de maio: Marcha do Empoderamento Negro (de manhã em Soure e de tarde em Salvaterra).

Acará
07 de maio: Visita de articulação à Comunidade Quilombola de São José.
09 de maio: Atividades com a juventude e as crianças.
10 de maio: Palestras diversas (Auditório da Secretaria Municipal de Educação).
11 de maio: Telanegra (Auditório da Secretaria Municipal de Educação)

Se a sua escola está promovendo alguma ação, compartilhe a notícia conosco para publicarmos neste blog. Envie para o email copirseduc@gmail.com.

Racistas, não passarão!

Texto: Tony Vilhena
Fotos: Prof. Vinícius Darlan (Facebook)

Um comentário:

  1. O MODELO DE EDUCAÇÃO DO ESTADO

    O Brasil sempre foi governado por Elites as quais sempre manterá o Status qui. A "Abolição da Escravidão" foi um Ato com interesses econômicos e Políticos, haja vista, que esta Escravidão já não era mais lucrativa em lugar nenhum do mundo. O Brasil foi o último País a "abolir" Na verdade a Escravidão só modernizou sua forma. Passaram a usar outras correntes, outros troncos, outras Senzalas.

    O Estado Brasileiro continua a escravizar seu povo, só que ampliou um pouco mais esta escravidão.

    Agora entra todos aqueles e aquelas que são desprovidos de Posição Social e Econômica. Pobre, Negros, Indigenas dentre outras classes vulneráveis.

    A Própria Educação reproduz o Modelo de Educação que favorece as Elites escravocratas.

    Precisamos de uma Educação Libertadora.

    O Modelo de Educação que temos ainda é a Educação de Manutenção das Ideologias do Poder Dominante.

    Somos educados na Ótica do mantenimento do status quo. Nosso Sistema Educacional não é Democrático.

    Temos um modelo Educacional Seletista e Excludente.

    Nosso Sistema Educacional continua a reproduzir um ensino pautado no Machismo, Racismo, Homofobia, Lesbiofobia, e na imposição de Dogmas e Doutrinas Religiosas Cristã sem respeitar a DIversidade Cultural e Religiosa

    A Academia é o Setor mais doente da Educação.

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